O que é Curva de Juros: Entenda de Uma Vez por Todas!

Entender o que é curva de juros e qual é seu comportamento é fundamental para quem deseja investir em ativos de renda fixa.

Afinal, sabendo o que é curva de juros e como ela funciona, é possível entender mais sobre os títulos do Tesouro Direto, e do CDB para investir.

Para saber de uma vez por todas o que é curva de juros e como ela funciona, continue a leitura deste artigo até o final.

Afinal, o que é curva de juros?

A princípio, esse método é um termo utilizado para definir o caminho futuro que uma determinada taxa de juros poderá ter.

Curva de juros -O que é Curva de Juros
Curva de juros (Fonte: Freepik)

Ou seja, dessa maneira, ela representa as expectativas da taxa de juros futuros.

Dessa forma, saber o que esse termo significa é fundamental para quem deseja fazer parte do universo de investimentos e das finanças em geral.

Além disso, esse método é responsável por mostrar o rendimento que um investidor espera ganhar se emprestar dinheiro por um determinado período de tempo.

Normalmente, quanto mais longo for o prazo de um valor ativo, dessa maneira, maior deverá ser a taxa de juros, por mais que isso não seja considerado uma regra.

Afinal, são diversos fatores que podem contribuir na projeção da curva de juros futuros.

Porém, em linhas gerais, a regra é que a taxa de juros muda e valor em relação a prazos diferentes.

Sendo assim, é possível observar as diferentes taxas para os múltiplos vencimentos em um gráfico único.

Todavia, agora que você sabe o que é curva de juros também deve saber que ela também é conhecida como curva a termo, irá formar uma tendência para valores da taxa de juros, embora isso não seja uma regra. 

Quem é responsável por fazer o cálculo da curva de juros? 

A princípio, no Brasil a instituição responsável por calcular a curva de juros a vista, é a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais ANBIMA.

Aprenda como funciona a curva de juros

Antes de tudo, a oscilação da curva de juros futuros ocorre com base em diversas questões microeconômicas. 

Dessa forma, o COPOM (Comitê de Políticas Monetárias) se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros, popularmente conhecida como Taxa Selic.

Entretanto, esse método no Brasil não depende apenas do COPOM, e sim de outros fatores como a inflação, por exemplo.

Afinal, a taxa básica da economia também é utilizada para fazer esse controle.

Sendo assim, se há perspectiva de crescimento da inflação acima das metas pré-estabelecidas, o governo busca interferir na taxa de juros.

Além disso, o mesmo ocorre em sentido inverso, nesse sentido, se a economia está parada e o consumo baixo, a expectativa futura é que as taxas de juros baixem para aquecer o mercado financeiro.

Todavia, a credibilidade do presidente do Banco Central, assim como da equipe econômica, também conta muito para a formação dessa curva.

Contudo, o controle orçamentário, a aprovação de reformas, dentre outros fatores que possuem influência direta sobre essas taxas.

Qual é a afinidade entre a curva de juros e os ativos de renda fixa?

Antes de tudo vale dizer que de fato existe uma relação fundamental entre a curva de juros e a renda fixa.

Afinal, esses dois ativos possuem uma influência direta em suas rentabilidades, proveniente dos juros.

Dessa forma, aqueles que investem em títulos públicos (como o tesouro direto, por exemplo).

Ou títulos privados indexados pela inflação, como debêntures, CDBs, LCIs e LCAs, precisam estar atentos à curva de juros do país.

A princípio, os títulos públicos possuem sua rentabilidade atrelada à esse método financeiro. 

Além disso, títulos de mais curto prazo costumam render o CDI e os de mais longo prazo costumam render o IPCA + alguns pontos percentuais.

Contudo, os bancos e instituições financeiras que emitem seus títulos privados, utilizam a esse método para precificar os seus títulos.

Dessa maneira, adicionando-lhes um spread que permita uma rentabilidade acima da taxa de juros atual.

Ou seja, é oferecido um valor a mais de rentabilidade para justificar que o investidor faça aplicação do seu dinheiro nesse investimento, ao invés de colocar seu dinheiro em títulos públicos.

Por isso, é fundamental que você esteja atento em como e onde investe o seu dinheiro, para que essa rentabilidade esteja de acordo.

Ou seja, ativos de renda fixa corrigem seu valor baseando-se na modificação da curva de juros, dessa forma, é fundamental entender o que é curva de juros.

Confira os modelos de curva de juros

Vale dizer que existem alguns tipos de curva, sendo as mais conhecidas a curva normal, fortemente inclinada, curva flat, curva plana e a curva de juros invertida.

Confira abaixo o diferencial de cada modelo de curva de juros:

Curva normal

A princípio, a curva normal é uma curva ascendente que normalmente representa uma pequena pressão inflacionária com o tempo.

curva fortemente inclinada

Dessa forma, a curva fortemente inclinada, pode representar que a economia esteja passando por um forte período de crescimento.

Ou então, que o governo está com dificuldade de financiar o seu déficit de longo prazo.

Curva Flat

A curva flat também é popularmente conhecida como uma curva plana, dessa maneira, ela costuma acontecer quando as taxas de longo prazo estão iguais às taxas de curto prazo.

Sendo assim, esse tipo de curva mostra um cenário de incertezas, pois os agentes não sabem se a economia poderá ser de inflação ou recessão no futuro.

Dessa forma, por isso é importante se atentar em como está a inflação no Brasil hoje.

Curva plana

Desse modo, a curva plana também poderá ser um indicador de transição, visto que para uma curva se inverte ela terá de passar pelo estado plana.

Curva invertida

Por fim, essa curva é responsável por representar o pior cenário, pois nesse caso os juros futuros são menores que o presente.

Dessa maneira, isso pode ser uma antecipação de uma recessão que está a caminho.

Conclusão

Como você pode perceber no decorrer deste artigo, saber o que é curva de juros é fundamental para quem deseja entrar no mundo dos investimentos.

Ou seja, é importante ter conhecimento sobre esse fator para que ele não se torne algo negativo em seus investimentos.

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