O que é Taxa de Câmbio e Como ele Funciona: Guia Completo!

Você pode nunca ter usado moedas estrangeiras, contudo, saber o que é taxa de câmbio é uma informação importante.

Sendo assim, saber o que é taxa de câmbio é fundamental, já que além de representar o valor de uma moeda em relação a outra, essa taxa é uma das mais variáveis macroeconômicas.

Para saber melhor sobre o que é taxa de câmbio, não deixe de acompanhar este artigo até o fim. Aproveite a leitura!

O que é taxa de câmbio?

Dólar e euro - O que é taxa de câmbio
Dólar e euro (Fonte: Pixabay

Em primeiro lugar,  a taxa de câmbio se trata de um índice de valores relacionado a moedas de diferentes países e nacionalidades.

Ou seja, basicamente esse é o preço de uma moeda estrangeira dentro de unidades da moeda nacional, sendo assim, no caso do Brasil é o real.

Dessa maneira, essa taxa de câmbio se encontra atrelada ao valor de uma determinada moeda em relação a outra, e também a relação entre duas nações.

Um bom exemplo sobre isso é a compra de dólares na hora de fazer uma viagem.

Quantos reais são necessários para poder fazer a troca? A cotação encontrada é referente a taxa cambial dessa moeda norte-americana.

É essencial lembrar que a taxa de câmbio está relacionada com as variações cambiais e os reajustes referentes ao Banco Central para conseguir ter controle da balança cambial.

Por esse motivo, muitos fatores como por exemplo, os acontecimentos políticos e o cenário econômico regional acabam influenciando no preço final da taxa de câmbio.

Esse é um assunto muito amplo, dessa maneira, é comum que alguns termos pareçam familiares, como por exemplo, a taxa de câmbio flutuante, fixa ou atrelada.

Acredite, qualquer detalhe relacionado a esse tema é muito importante, não só para quem está programando uma viagem, mas também para toda a economia mundial.

Taxas de câmbio no Brasil

Depois de descobrir o que é taxa de câmbio, chegou o momento de entender como ela funciona no Brasil hoje.

A princípio, podemos dividir o mercado cambial e suas taxas em diferentes variações.

Contudo, quando falamos das taxas de câmbio no Brasil, é possível identificar três modelos diferentes, que como consequência usam diferentes valores para sua comercialização.

Sendo elas:  Câmbio comercial, câmbio paralelo e o turismo, abaixo você vai entender melhor como cada uma delas funciona.

Câmbio comercial

Primeiramente, o câmbio comercial é o responsável por operações de compra e venda de moedas, referencial usado em transações entre diferentes empresas e países.

Sendo assim, as operações de importação e exportação são responsáveis por receber e realizar pagamentos com a cotação comercial no momento da transação.

Assim, sendo esse o modelo cambial menos valioso.

Turismo – O que é taxa de câmbio

Quem tem o costume de fazer viagens internacionais com uma certa frequência, afinal, sua utilização como o próprio nome sugere é voltada para a troca de moedas estrangeiras.

Além da utilização durante compras internacionais entre outras transações, além disso, com sua cotação baseado no dinheiro específico do valor de destino.

Câmbio paralelo

Esse é um formato muito conhecido em casas de câmbio e doleiros, o câmbio paralelo normalmente é negociado na prática por agentes não autorizados.

Oferecida sendo a opção mais econômica comparada aos modelos anteriores.

Entretanto, seu uso pode acabar acarretando em diversos prejuízos, isso para quem compra e vende moeda dentro desse formato.

Entre os principais riscos no câmbio paralelo, é possível encontrar:

As gerações das multas ou até mesmo detenção, no qual os envolvidos podem acabar respondendo por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Tradicionalmente esse mercado se encontra vinculado com ações criminosas, o que acaba afetando tanto a segurança dos envolvidos, quanto às próprias operações.

As notas em circulação dentro desse mercado em diversos casos são falsas, dessa forma, por esse motivo o risco de golpes é altíssimo.

Modelos de taxa de câmbio

Além das diferentes variações de câmbio aplicadas, é possível segmentar essa aplicação em três modelos: 

Câmbio nominal, câmbio real efetivo e câmbio real, veja mais sobre cada uma delas:

Câmbio nominal

Esse é o modelo de taxa de câmbio mais comum, dessa forma, ele representa o custo de uma moeda relacionado a outra disponível no mercado.

Ela indica uma mudança no preço das moedas em bolsas de valores mundiais.

Ou seja, está relacionado entre duas unidades monetárias localizadas em diferentes regiões ou países.

Também é possível que ela seja ponderada entre as taxas de inflação externa ou interna.

Além disso, essa é considerada a taxa mais direta e fácil de calcular, isso porque o cálculo é feito com base no valor de uma moeda em relação a outra.

Real – O que é taxa de câmbio

Essa é uma taxa que possui como sua principal base o valor do euro ou do dólar americano.

Isso porque essas duas moedas são consideradas padrões de medição de taxas de câmbio de âmbito mundial.

Desse modo, além de levar em consideração o valor de uma moeda dentro do seu território nacional.

 Também são consideradas as leis de oferta e demanda, além dos valores do dólar ou euro.

Para conseguir obter o valor dessa taxa, você pode utilizar a seguinte fórmula:

CR= (CN x IE) ÷ ll.

CR= câmbio real resultante, e o valor referente a taxa.

CN= câmbio nominal responsável por representar a moeda de cálculo de base.

IR= Taxa de inflação externa.

II= Taxa de inflação interna.

Câmbio real efetiva

Essa taxa é responsável por determinar até que ponto os países têm direito de interferir no fluxo das relações comerciais.

Por isso, essa é uma maneira de medir as taxas de câmbio bilaterais que estão associadas a parceiros comerciais selecionados.

Fatores que influenciam na taxa de câmbio

Existem diversos fatores que influenciam e podem aumentar ou diminuir a taxa cambial de uma moeda relacionada a outra.

O principal fator é a oferta e demanda de uma determinada  moeda, além de fatores políticos e econômicos.

Eles também são responsáveis por tornar as moedas mais fortes ou mais fracas, dessa forma, afetando os preços das taxas de câmbio.

As taxas de juro de um país, valor, finalidade e recorrência também podem acabar interferindo na taxa de câmbio final.

É importante lembrar que cada país pode ter um modelo de regime cambial diferente, que também acaba afetando o valor, dessa forma, sendo eles:

  • Fixo: Esse valor é determinado pelo Banco Central.
  • Flutuante: Não existe intervenção pelo governo, sendo assim, o valor é regulado diretamente pelo mercado de câmbio.
  • Atrelado ou híbrido: Uma mistura de dois regimes responsável por manter a variação de acordo com o mercado, contudo, dentro das estipulações de instituições governamentais.

O Brasil, por exemplo, costuma adotar um regime de câmbio flutuante.

Isso significa que o Banco Central não pode interferir no mercado para poder determinar as taxas cambiais.

Entretanto, se existir uma grande variação no valor de uma determinada moeda, o Banco Central tem o direito de intervir.

Dessa maneira, é possível controlar o custo de uma moeda estrangeira para poder evitar futuras crises financeiras no mercado.

Regulamentação no Brasil

Atualmente, o órgão responsável por regulamentar o mercado de câmbio do Brasil, é o Conselho Monetário Nacional (CMN), com a ajuda da fiscalização do Bacen.

A principal missão dessas instituições é garantir uma estabilidade do fluxo de operações do mercado cambial.

Além de diminuir a volatilidade da taxa de câmbio, assim, evitando limitações com a liquidez.

Abaixo desses órgãos encontramos as instituições ou agentes de câmbio, dessa maneira, as instituições são autorizadas pelo Banco Central para operar no mercado de câmbio.

Se você deseja garantir a segurança em suas operações cambiais, o ideal é realizar uma consulta na lista de instituições.

Sendo assim, acaba evitando dores de cabeça com prejuízos, atrasos e mais, além disso, no site oficial da instituição está disponível a lista de agentes habilitados.

Como calcular a taxa de câmbio?

A taxa de câmbio é calculada pela relação de oferta e demanda, dessa forma, se existe muita moeda no mercado, seu valor passa a cair.

Se existir menos, o valor passa a aumentar, essa relação é feita independente da moeda.

Como por exemplo, o dólar, ele é considerado uma moeda forte e valorizada, isso porque todos os dias diversas transações comerciais passam a se basear nelas.

A taxa cambial é calculada de forma constante, isso considerando os fatores citados até aqui.

Para você conseguir realizar a conversão de uma moeda, basta dividir o valor da moeda original pela cotação da outra moeda.

Por exemplo, caso você deseje converter R$1 mil reais em dólares, primeiramente, você precisa saber qual é a cotação aplicada.

Supondo que a cotação final do dólar final esteja a R$5,00 o cálculo dessa forma será esse:

1.000 ÷ 5 = USD 200

Ou seja, com R$1 reais você consegue comprar aproximadamente 200 dólares.

Taxa de compra X taxa de venda

A principal diferença entre taxa de compra e taxa de venda, consiste em:

Caso uma pessoa física ou jurídica queira efetuar uma taxa operação de câmbio de saída.

Ela precisa que o operador de câmbio venda a moeda, dessa maneira, nesse caso a taxa de base para a cotação será referente a venda.

Em uma situação contrária, onde a pessoa jurídica ou física deseja efetuar uma operação de entrada.

Ela precisa que o agente de câmbio compre a moeda, dessa maneira, a taxa base para a cotação vai ser a de compra.

Como essa taxa afeta a economia?

A taxa de câmbio é uma variável fundamental para a economia de um país.

Isso porque ela afeta os diferentes níveis de produção e inflação, assim como o comércio exterior e os fluxos de capital.

Além disso, a taxa de câmbio também pode acabar influenciando a atividade econômica, além da capacidade de crescimento a longo prazo.

Contudo, essa taxa acaba afetando o comportamento dos preços, tanto em relação aos produtos importados, como também na maior atratividade da comercialização de produtos nacionais para fora.

Taxas fixa, flutuante e atrelada

De início pode parecer um bicho de sete cabeças, porém, uma vez entendendo o conceito desses termos.

 Você não terá mais problemas para entender seu funcionamento, vantagens e desvantagens de cada modelo de câmbio.

Fixa – O que é taxa de câmbio

Em termos mais práticos, o câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda estrangeira (na maioria das vezes o dólar) é determinado por uma autoridade monetária nacional, o Banco Central.

Para poder manter essa taxa, o governo compra e vende sua própria moeda no mercado de câmbio a um valor fixo.

Esse regime costuma ser usado no intuito de estabilizar o preço de uma determinada moeda.

E possui como algumas vantagens eliminar o risco cambial e também evitar a alta da inflação.

Já as desvantagens se encontram porque o governo precisa ter reservas internacionais o suficiente, além disso, podem existir falhas.

Dessa maneira, resulta em uma alocação ineficiente de recursos pelo mundo todo, além de existir um acesso de oferta ou demanda.

Flutuante

Nesse caso, o governo não interfere no mercado cambial e permite que a taxa de câmbio possa ser estabelecida no mercado, isso por conta da lei de oferta e procura.

Apesar de ser existente, é importante ressaltar que esse modelo normalmente não costuma ser “puro”.

Isso porque, ao menos dentro do Brasil, o Banco Central acaba interferindo para evitar as variações bruscas ou influenciar nas taxas de câmbio.

Esse é um sistema recomendado apenas em países que estejam econômica e politicamente estáveis.

O que não é o caso do Brasil, contudo, mesmo assim essa é uma taxa adotada pelo país.

Atrelada

Também popularmente conhecida como Banda Cambial, dentro desse sistema a autoridade monetária do país acaba influenciando diretamente no câmbio.

Contudo, essa interferência consiste de forma exclusiva em permitir a variação das taxas dentro de um determinado limite, sendo mínimo ou máximo, esse intervalo tem o nome de Banda Cambial.

Para que esse sistema possa funcionar, é preciso que o Banco Central tenha reservas internacionais suficientes para fazer a compra e venda dessas moedas.

Mesmo nos momentos de crise, entre 1995 e 1998 o Brasil adotou esse sistema de câmbio junto do dólar.

Real e nominal

Esse é um tópico um pouco mais complexo, porém, em termos gerais a taxa de câmbio nominal indica o valor do ativo financeiro.

Já a taxa real é responsável por apontar o valor relativo entre as duas moedas.

Ou seja, a taxa nominal se baseia em uma relação direta entre duas moedas.

Sendo assim, considerando que hoje a taxa de câmbio diz que é preciso de aproximadamente R$5,39 para fazer a compra de um dólar.

Essa é uma ação chamada de nominal, ela é aplicada em instituições financeiras e casas de câmbio.

O câmbio real é aquele no qual estabelece uma relação de preços entre serviços e produtos nacionais e estrangeiros.

A taxa real possui seu cálculo baseado na taxa de inflação do país, seja ela no mercado nacional ou internacional.

Para poder obter esse valor é preciso multiplicar a taxa de câmbio nominal de acordo com a inflação estrangeira.

E dessa forma dividir esse valor pela inflação baseada no mercado nacional.

Valorizado e desvalorizado

Apesar de parecer claro para diversas pessoas, o conceito de valorização e desvalorização da taxa cambial pode acabar sendo confusa.

Isso acontece porque um câmbio desvalorizado é bom para os valores dos produtos internos, comparado aos externos.

Já no caso do câmbio valorizado, ele reduz os custos de insumos e até mesmo equipamentos importados.

Câmbio valorizado

O real é forte comparado ao dólar, assim, torna mais cara as exportações e  dessa forma, acaba perdendo a competitividade no mercado internacional.

Porém, as consequências dessa valorização acabam refletindo na diminuição do volume de produção, menores receitas fiscais e até mesmo diminuição do desemprego.

Câmbio desvalorizado

Quando uma moeda nacional passa a ser desvalorizada, as exportações são beneficiadas pelo barateamento e competitividade.

Por outro lado, atua de forma negativa nas importações e culmina no aumento de valores, até mesmo os nacionais.

Outras consequências dessa desvalorização acabam incluindo o desestímulo de novos investimentos, principalmente por parte dos estrangeiros. 

Além do aumento no custo da produção de indústria, dessa forma, anulando a vantagem competitiva de exportações.

Moeda estrangeira no Brasil

Agora com as novas regras das taxas de câmbio, o Banco Central passou a permitir que diferentes instituições financeiras abram contas em outras moedas de forma direta.

É importante ressaltar que abrir contas em moeda estrangeira no Brasil não é permitido ainda para pessoas físicas.

Entretanto, a nova lei passou a abrir um caminho para que o Banco Central aprove isso no futuro.

Hoje, para quem deseja ter conta em dólar, euro, ou em outra moeda estrangeira, é necessário abrir uma conta no exterior.

Além disso, outro ponto importante é que a burocracia diminuiu para qualquer remessa de moeda internacional de até 50 mil dólares.

Isso acaba facilitando processos tanto para clientes que desejam enviar dinheiro para o exterior.

Como também para as casas de câmbio, afinal, elas ficam menos atoladas em burocracias.

Como calcular a taxa de câmbio?

Para conseguir calcular a taxa de câmbio, geralmente o dólar americano é usado como padrão de referência, especialmente dentro do mercado brasileiro.

Provavelmente você já notou que nos telejornais, sempre é anunciado o valor do dólar e euro comercial e turismo.

O turismo é usado mais por pessoas físicas durante viagens, já o comercial é mais interessante em negócios relacionados a importações e exportações.

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